Óscares 2011 - cerimónia morna e sem surpresas

Cerimónia previsível e sem brilho – Óscares de 2011 consagram O Discurso Do Rei; Cohen foram os derrotados da noite.

Os Óscares de 2011 foram uma cerimónia previsível e morna, levando-nos a questionar se a crise também terá chegado a Hollywood. O favorito, O Discurso do Rei, consagrou-se como grande vencedor, arrecadando os 4 Óscares mais cobiçados: Melhor Filme, Melhor Realizador (Tom Hooper), Melhor Actor (Colin Firth) e Melhor Argumento Original.

O Óscar de Melhor Actriz foi entregue a Natalie Portman, pela sua prestação em O Cisne Negro. Os Óscares para melhores actores secundários foram atribuídos, também sem grandes surpresas, a Christian Bale (Melhor Actor Secundário) e Melissa Leo (Melhor Actriz Secundária), pelo trabalho que ambos desempenharam no filme The Fighter - Último Round.

Toy Story 3, da Disney, foi galardoado com 2 Óscares: o de Melhor Longa-Metragem de Animação e o de Melhor Canção.

Os grandes derrotados da cerimónia de 2011 foram os irmãos Cohen (com o filme Indomável a receber 10 nomeações e 0 estatuetas) e David Fincher, que se vê assim, pela segunda vez, arredado do prémio de melhor realizador.

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Com efeito, o filme A Rede Social, de David Fincher, apesar de toda a celeuma que gerou aquando do seu lançamento, ganhou apenas três Óscares técnicos: Melhor Argumento Adaptado, Melhor Banda Sonora e Melhor Montagem.

De salientar é ainda a fraca prestação dos apresentadores Anne Hathaway e James Franco, que não mostraram sintonia, com a actriz a esforçar-se por se destacar e ele apagado, sem qualquer empenho; a prestação dos dois ficou aquém da de anfitriões anteriores, nomeadamente de Billy Crystal que, de forma genial, ainda conseguiu dar um ar da sua graça, ao apresentar um segmento de homenagem a Bob Hope, recordando-nos assim o brilho que os Óscares já tiveram e que, actualmente, parece estar ofuscado. Esperamos, pois, que o mesmo regresse no próximo ano.